Pessoas que já viram este blogue?

domingo, 26 de maio de 2013

África minha África nossa – entre a taça da vida e o cálice do sofrimento –

África minha África nossa
– entre a taça da vida e o cálice do sofrimento –
     (…) África também tem o seu melhor. É só em África que dos resultados das eleições quem perde é o vencedor e quem ganha é o perdedor. Quem perde é o vencedor porque se eu não ficar no poder, vamos ter guerra civil. Então para resolver isso quem ganhou a eleição fica primeiro-ministro e o derrotado fica Presidente da República. E num regime presidencialista, o grande derrotado é o vencedor. E vice-versa. «Eu posso até não ser Mourinho, mas pelo menos sou melhor que ele. Ele para ser melhor precisa de ganhar e eu para vencer basta não querer perder.
      Imagine por exemplo se durante as eleições um primeiro-ministro declarar que quem financia as eleições da oposição são os traficantes e que o líder da oposição disser que quem são os traficantes são os membros do governo. O que aconteceria? Nada. Palavras, levam-nas o vento.
     Nesta taça de sacrifício, quem paga o pato são os refugiados. Esses, votam. Em quem? Aonde? No deputado que ficou no seu país de origem? Votam nos seus campos? E qual é o programa do partido? Será acabar com os campos ou acabar com os refugiados? Para fazer substituição é preciso ter banco. E quem se senta neles? As crianças-soldados ou os refugiados de guerra? E a propósito disso quem é que financia esses grupos rebeldes? Quem é que os apoia? Qual e o seu objectivo? Em África, para ser político africanizado tem que se passar por três fases: mentiroso, ladrão e assassino. Na Guiné, por exemplo, chega-se a quarta fase passou-se achar que para haver equilíbrio de forcas na democracia e preciso haver grupos rebeldes…
     É irracional pensar que um ladrão entra na minha horta, roubando os meus produtos e depois destruir os meus produtos e depois destrói as minhas culturas e quando consigo reerguer com a sua «pseudo» ajuda e ainda sou eu lhe devo. “Y ainda é nôs ki ata debi”.
     Se há 500 anos um negro é capturado e retirado do seu meio, da sua cultura e das suas tradições por imposição do tráfico negreiro, hoje, assistimos africanos negros (homens, mulheres e até crianças) se aventurando nas pirogas do séc. XXI, saltando não só o atlântico como o Mediterrâneo à «descoberta» do Velho Mundo.
     Se antes o indivíduo era acorrentado dos pés ao pescoço e enjaulados, hoje acorrenta-se àqueles corruptamente ganham a vida agenciando um serviço de transportes de que ninguém sabe o dono…
     Quem foi que disse que o deus grego é negro? Zeus não quer saber do Egipto. Eles é que peçam ajuda ao seu Faraó. Cada Egipto com o seu Nilo.
     Por exemplo, quando vemos 87 bilhões de dólares para recuperar a economia grega e imploramos: «nós estamos mais gregos do que os helénicos. Help us USA/EU for África. Porém nem as ninfas, nem as musas do Olimpo escutam as nossas vozes.

(texto inacabado))
Ricardino Rocha

Sem comentários:

Enviar um comentário