“Há uma pluralidade nas relações do homem
com o mundo, na medida
em que responde à ampla variedade dos seus desafios.
Em
que não se esgota num tipo padronizado de resposta.”
(Paulo Freire).
Antes de fundamentar essa questão,
torna necessário levar algumas questões acerca da temática acima mencionada: O
que se procura na educação em Direito Humanos? Onde fica o papel dos Direitos Humanos?
Essas duas perguntas são pontos de partida para avaliarmos a educação versus
direitos humanos e da qualidade que se quer em ambos e nos seus valores.
Quando falamos da contribuição da
educação na promoção dos Direitos Humanos, torna necessário o papel dos
docentes e dos agentes ligado a educação na promoção de uma educação de
qualidade para a formação de uma boa cidadania, isto é, formação de uma
sociedade mas justa e igualitária. Mas para a obtenção do mesmo, a necessidade
da implementação da educação como um direito para todos é crucial no
desenvolvimento de qualquer sociedade, com isto, remetemos para outra questão:
será que a educação, embora concebida para todos, todos usufruem dela sem
quaisquer restrições?
Pois essas são questões que continuamente
nos instiga da qual não podemos ficar inume. Como se diz “A educação é a chave que abre todas as portas” e uma pessoa com
boa educação, sabe discernir, escolher e fazer escolhas em todo o momento da
sua vida, isto é, quando a educação é de qualidade.
Quando
a pessoa é educada a conhecer todos os seus direitos, o mundo torna-lhe com um
significado diferente, uma vez que a pessoa sente integrada no mundo e na
sociedade e nem se pensa na sua rejeição, porque muitas vezes, quando a pessoa
é privada desses direitos sente-se frustrada com a sociedade e também com a sua
pessoa, idealizando uma sociedade que saiba acolhê-la.
Conhecendo a pessoa todos os seus
direitos têm maior capacidade de ter uma participação activa, o mundo torna-lhe
com o significado diferente. A capacidade interpretativa torna-o intrínseca e
ao mesmo tempo consegue mudar a sociedade onde está. Por isso, o papel da
educação da promoção dos direitos humanos torna urgente para as mudanças das
mentalidades, emancipação das pessoas e na redução tanto de preconceitos como
nos problemas sociais. Portanto, todos devem engajar na educação de qualidade,
onde todos possam fazer parte dela, sem quaisquer impedimentos. Deste dos
Histoicos, Kant e entre outros filósofos já tinham defendido a temática do
cosmopolitismo o onde e a sua total pertença no mundo sem quaisquer restrições,
onde todos possam ter uma participação livre e igualitária.
No entanto, aprendemos que os desafios
podem se transformar em grandes oportunidades de aprendizagem, de crescimento,
de produção de conhecimento. Porque não olharmos para o Marco de Belém em que “A CONFINTEA frisou que a aprendizagem ao
longo da vida constitui “uma filosofia, um marco conceitual e um princípio
organizador de todas as formas de educação, baseada em valores inclusivos,
emancipatórios, humanistas e democráticos, sendo abrangente e parte integrante
da visão de uma sociedade do conhecimento”. Destacou a sua compreensão da
natureza intersetorial e integrada da educação e aprendizagem de jovens e
adultos” (Marco de Belém, pgs. 3 e 4) e essa aprendizagem – e porque não
educar? – não exclui os Direitos
Humanos.
Educar em desenvolvimento de Direitos
Humanos significa valorizar da cidadania dos alunos e alunas jovens e adultos,
sensibilizar, conscientizar e humanizar as pessoas para a importância do
respeito ao ser humano, e para tanto se faz primaz uma conduta humanizada, pois
só é possível educar em direitos humanos quem se humaniza e só é possível
investir na humanização quando se tem uma consciência, uma conduta humanizada.
Daí que penso na importância de trabalhar com os detentos no âmbito dum projeto
do centro onde trabalho e, claro, vou conceber nas minhas aulas a Cidadania e
os Direitos Humanos no espaço penitenciário e envolver outras áreas com intuito
de primar pela interdisciplinaridade envolvendo educandos e outros educadores.
Em relação a esse facto, mandarei um e-mail a todos os professores da UFPB,
principalmente vocês, Marcus e Melissa, e espero explicitar esse projeto de
EJA nas penitenciárias e darei
informações mais precisas e, contarei com o apoio de todos vocês.
Em suma, Considerando a Educação em
Direitos Humanos como um processo contínuo e permanente que deve ser
cultivado/praticado por toda vida, resgatando os valores de dignidade,
tolerância e paz. Tais valores estão sendo transmitidos pela educação, buscando
despertar o público de educandos da EJA para a amplitude dos Direitos Humanos,
sendo considerados ensinamentos fundamentais para essa modalidade educativa,
tendo em vista a contribuição para o desenvolvimento da cidadania e afirmação
da humanidade dos alunos.
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